segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Camiseta informatizada irá prever formação de feridas em diabéticos


A tecnologia, que consiste em um dispositivo eletrônico acoplado embaixo da camisa, visa reduzir número de amputações

Pesquisadores da Universidade do Arizona (UA) desenvolveram uma camiseta informatizada para monitorar a atividade de diabéticos com feridas nos pés. A pesquisa será subsidiada por uma doação de 1,2 milhão de dólares, e tem como objetivo reduzir o número de amputações entre estes pacientes.

A tecnologia desenvolvida por David G. Armstrong, professor de cirurgia da UA, envolve um sensor junto ao corpo que, pela primeira vez, permite aos investigadores maior precisão para acompanhar a atividade de pacientes com diabetes.

No decorrer do estudo de três anos, 112 pessoas com a doença que sofrem com feridas nos pés serão matriculados na UA e na Hamad Medical Corporation, em Doha, no Catar, onde serão fiscalizadas através da camiseta informatizada.

Segundo Armstrong, o dispositivo pode medir se o paciente está em pé ou sentado, pulando ou correndo, deitado de barriga para baixo ou de costas. "Somos capazes de avaliar, com equipamentos muito sensíveis, o que está acontecendo com o pé e com o resto do corpo, com base nos movimentos sutis que ocorrem no tronco".

O pesquisador explica que baseava-se no número de passos dados por um paciente diabético para prever a formação de feridas. "Quanto mais passos uma pessoa dá, mais provável que uma bolha comece a se formar e se tornar uma ferida'.'

Armstrong acredita, agora, que outros movimentos possam ser responsáveis, e que a caminhada em trajetos curtos ao redor da casa, na verdade pode ser mais perigoso do que andar uma milha ao ar livre.

O pesquisador espera que os sensores estejam disponíveis para todas as pessoas com diabetes, possivelmente incorporados nos telefones celulares. Se um indivíduo está se movendo de uma maneira com riscos de sofrer um ferimento, essa pessoa e seu médico serão alertados via eletrônica.

O estudo tem como objetivo ajudar os pesquisadores a determinarem as formas mais eficazes de exercícios e atividades para pessoas com diabetes.

"Queremos que as pessoas sejam ativas, mas não queremos que essa atividade seja responsável por ferimentos que causam dor e desconforto'', disse Armstrong.

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